Fotos: Gilnei Cunha (arquivo pessoal)

O servente de pedreiro Gilnei Cunha, 27 anos, estava deitado descansando em um dos cômodos da casa da sogra, na Rua Padre Pacheco, no Bairro de Fátima, em Cruz Alta, quando ouviu um estrondo:
- Quando ouvi o barulho da batida, sabia que era no quarto das crianças e corri de lá. Eu estava no quarto ao lado. Por pouco a parede e a janela não caíram no meu sobrinho. O carro rodopiou, fez tipo um cavalinho de pau antes de bater e pegou a parede de lado. Se tivesse sido de frente tinha entrado e seria muito pior o que poderia ter acontecido. O motorista morreu, infelizmente, mas graças a Deus ninguém mais se foi - relatou Cunha, 27 anos, pai de uma menina de 6 anos, e de uma bebê de 8 meses.
O barulho ouvido por Gilnei foi produzido pelo choque do Corsa dirigido por Luiz Henrique Souza, 32 anos, que morreu após colidir o carro contra uma das paredes da casa de alvenaria, por volta das 22h de quarta-feira.
Além do servente de pedreiro, que tinha ido visitar a sogra, Rosângela Pedrolina de Oliveira, estavam no local os três filhos dela e quatro netos, dois deles filhos de Gilnei.
No quarto, onde parte da parede caiu, estavam quatro crianças e um adolescente olhando televisão. No quarto ao lado, a bebê de Gilnei dormia. Apesar de a família contar que não é a primeira vez que carros colidem no imóvel, o susto foi grande.
Gilnei conta que só na manhã desta quinta-feira as crianças conseguiram dormir. Além da preocupação com a reforma e os custos dela, já que a casa não pode ficar aberta, o imóvel fica em um local perigoso da cidade.
Sem condições de fazer a reforma, a família de dona Rosângela aceita doações de materiais de construção. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pelo telefone (55) 99216-8394.
O ACIDENTE
Na noite de quarta-feira, Luiz Henrique Souza, 32 anos, dirigia um Corsa na Rua Padre Pacheco, no Bairro de Fátima. Ele teria perdido o controle do carro e colidiu na parede da casa, empurrando parte da estrutura. Com o impacto, o motorista morreu na hora.